"Criança quieta, inativa, é sinal de que está doente..." Assim diziam nossos avós. Com a mesma preocupação que temos nessas situações, a quaisquer outras instabilidades dos nossos filhos devemos "ligar a antena" e captar as alterações de ânimo e prontos para tomar imediatas providências. Somos nós, pais, os "médicos" dos nossos filhos dentro do lar. E é para ser diferente? Enfim, estamos sempre, na verdade, prontos para "o que der e vier..."
Desânimo
Deixarmos o desânimo abater-se sobre nós é postergar decisões importantes e perder o trem do progresso. O acometimento desse mal deixa o corpo indolente e a mente com pensamentos morosos, confusos. Prostrados num canto, músculos inertes, vemos o tempo passar, os outros evoluírem e estagnamos na mesmice. E se isso suceder com seu filho? O diagnóstico? Reativar o ânimo!
Aproxime-se dele, abrace-o, seja seu ponto de apoio. Transmita-lhe força, autoconfiança. Ouça o que o está amargurando. Com a sua vivência, ressalte que ‘você já passou por isso muitas vezes e superou’. Reanime-o. Dê ideias ‘para cima’ para que ele ‘fique à vontade’ e descontraia no seu ombro amigo.
Converse com doses de alegria, sorrindo e sepultando o desânimo. Logo ele estará disposto, vivaz, ânimo novo e restabelecido!
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Desespero
Deixar-se dominar pelos acontecimentos é correr o risco de, em vez de resolver o problema, agravá-lo ainda mais.
Um fôlego de tranqüilidade, reflexão, olhar em volta e ver as opções disponíveis, são alternativas que devem ser lançadas mão. Tudo que é feito no calor do desespero tem resultado imprevisível.
E como manter o autocontrole ante uma situação crítica, não se desesperando e resolvendo em bom termo?
O desespero abala as pessoas de qualquer idade, rouba a tranqüilidade e as tornam irracionais. Como imunidade, devem ter acumulado um aprendizado, desde a infância. Aprender com os pais a controlar-se, não deixar o ‘sangue subir à cabeça’, pensar bem, refletir e tomar a decisão certa no tempo certo. A criança, ao receber essas lições, aperfeiçoa-as, livrando-se dos problemas com assertiva.
As orientações ministradas pelos pais serão trunfos para os filhos aprenderem a superar o desespero e saírem-se bem ante qualquer situação ruim.
Inácio Dantas
(do livro ® “Pai, o que dizer para o seu filho?”)
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